Biblioteca humana permite aprender com pessoas e não com os livros
“Não julgues um livro pela capa”. É algo muito real e verdadeiro, especialmente se o livro fôr uma pessoa. A “biblioteca humana” permite as pessoas “lerem livros interativos” por meia hora, mas as palavras vêm diretamente de pessoas, que se voluntariaram para contar as suas histórias.
A Biblioteca Humana começou na Dinamarca, e permite as pessoas ler um catálogo e selecionar um tópico que querem ouvir. Há uma gama de tópicos disponível, a maioria tirados de genuína experiência humana, tipicamente focada num grupo “estigmatizado” ou estereotipado pela sociedade.
Minorias religiosas, raciais e sexuais voluntariaram-se para contar as suas histórias. Alguns dos títulos oferecidos incluem: Crianças sobreviventes do Holocausto, A história de um cigano, Veterano da Guerra do Iraque e Rapaz do Orfanato.
Após escolher um tópico sobre o qual querem escutar, os “leitores” pegam no seu cartão de biblioteca e são conduzidos a uma área de discussão, onde conhecem os seus “livros”. O projeto foi inventado para incitar ao diálogo e fomentar a compreensão entre diferentes tipos de culturas e pessoas – pessoas com quem, normalmente, não interagimos.
Na sua página de Facebook, a Biblioteca Humana escreve que “o propósito é desafiar o que nós pensamos saber sobre outros membros da comunidade, desafiar os nossos estereótipos e preconceitos num ambiente positivo, onde as perguntas difíceis são aceites, esperadas e agradecidas”.
A ideia começou em 2000 pela “Stop The Violence”, uma associação juvenil sem fins lucrativos. A primeira Biblioteca Humana foi realizada no Festival Roskilde, em Copenhaga, e já se espalhou a mais 70 países.