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Larguei tudo e fui pra Irlanda. E agora?

Perto de completar 27 anos, despeço-me do Brasil e viajo para o meu primeiro intercâmbio. A vontade sempre existiu, mas só agora tornou-se viável. Depois de um ano planejando, hoje finalmente desembarco na Irlanda, país que sempre me chamou atenção pela sua história com celtas e vikings, principalmente.

Ano passado, tive a oportunidade de visitar e conhecer um pedaço das terras irlandesas. Foi o suficiente. Saí de lá já com planos feitos para retornar e ficar por quanto tempo fosse possível. E é isso que estou fazendo. Larguei meu emprego, vendi meu carro e quase tudo que eu possuía. Hoje, meus pertences cabem em uma mala e uma mochila, mas sabendo que a vida não é feita de pertences, vou de alma limpa.

Sempre gostei muito do meu trabalho no Brasil. Não, eu não vivo apenas do Repertório. Mas, chegou um momento em que a vida fazia eu me sentir como um sapo na panela. Estava morrendo escaldado sem ver a água ferver.

Ao invés de me ver “morrendo” aos poucos, saí para viver.

Mas, não tenho ideia do que essa experiência vai se tornar. Estou chegando em Dublin, uma cidade que é linda e está cheia de brasileiros, mas lá ninguém conhece o meu trabalho, ou minhas motivações para estar ali. E segundo o Insights do Facebook, apenas 224 pessoas curtem o Repertório por lá. Brasileiros, desconfio.

Durante o meu tempo na Irlanda, vocês poderão acompanhar um pouco da minha em terras estrangeiras, das experiências de se viver em um país com uma cultura diferente e, principalmente, acompanhar a transição entre a vida pensada no esquema trabalhar para ter para o trabalhar para viver. Se isso for mesmo possível.

Espero que vocês gostem da aventura, perguntem e tirem qualquer dúvida. Se eu puder responder, eu vou.

Postado por André Fantin

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