Com toda certeza você já ouviu a frase “as coisas sempre foram assim”. Contudo, saiba que há algum tempo– não muito, coisa de 50 anos – as coisas eram bastante diferentes na nossa sociedade.
Fumar era um hábito extremamente comum – e havia anúncios com médicos dizendo que o tabaco fazia bem para a saúde. Garotos eram iniciados sexualmente em prostíbulos. Parece completamente distante, enquanto realidade, mas é a mais pura verdade.
O fato é que ao longo de meio século, o chamado sexo frágil não é tão mais frágil assim. Enquanto na década de 1950a profissão mais comum entre as mulheres era ser dona de casa – e era um absurdo e chocante ver uma mulher divorciada – hoje as mulheres estão cada vez mais inseridas no mercado de trabalho. E em todas as profissões – de verdade. Até nas mais dominadas por homens.
Quer ver um exemplo? O mundo do poker. Até pouco tempo era praticamente impossível ver mulheres jogando em campeonatos da copa do mundo do poker, a World Series of Poker. Hoje em dia é algo extremamente comum – muitas mulheres chegam a ser campeãs de eventos da modalidade. Nada mal para um esporte que há algumas décadas era considerado exclusivo de homens portando revólveres na cintura e barbas longas no rosto, molhadas a cada gole de uísque.
Com efeito, separamos 3 anúncios muito interessantes da primeira metade do século XX. Alguns deles jamais, em hipótese alguma, teriam contexto para serem publicados em 2013. Sem mais delongas, feita esta introdução inicial sobre o tema, vejamos.
“Ela pode parecer limpa – mas – se relacionar com prostituta e casos de uma noite pode espalhar a sífilis e a gonorreia. Você não pode vencer o Eixo se pegar doenças venéreas”
Para o primeiro exemplo da lista, um anúncio militar com escopo de impedir que soldados se relacionassem com prostitutas na Europa durante a Segunda Guerra Mundial. Segundo o anúncio, extremamente generalizador, uma garota que você conhecesse na Europa poderia ter alta chance de portar uma doença venérea. Como eram cada vez mais comuns os casos de soldados se relacionando com prostitutas na Europa, as forças armadas americanas utilizaram-se dessa peça publicitária não muito… apropriada, digamos. O que o governo se esqueceu é que não são apenas as mulheres que transmitem doenças, não?
Uma mulher, um cachimbo, um pulôver
Sim, o absurdo publicitário chegou ao ponto de resumir os prazeres da vida em três: um bom pulôver (o produto a ser vendido), um cachimbo (fumo, enquanto vício) e a mulher. Esta, como se evidentemente vê, foi objetificada enquanto ente no anúncio.
Esposas: olhem este anúncio com atenção. Circule os itens que você quer de natal. Mostre para seu marido. Se ele não for à loja imediatamente, chore um pouco. Não muito, só um pouco. Ele irá, ele irá. Maridos: olhe este anúncio. Pegue o que sua esposa quer. Compre – antes que ela comece a chorar.
Outro exemplo machista clássico, este anúncio de uma loja de departamentos – datado do início do século passado – contextualiza a mulher essencialmente como dona de casa e que não tem desejos no campo dos bens de consumo senão as utilidades domésticas.
Esquecemos de algum que você conhece? Acha que algum dos anúncios acima ainda poderiam ser veiculados atualmente? Dê sua opinião nos comentários!
Postado por André
Leave a Comment